Quando Jesus ainda era menino, os seus pais, José e Maria, levavam Ele de Nazaré à Jerusalém, onde iam à Festa da Páscoa, que acontecia em sete dias. Certa vez, quando tinha 12 anos de idade, Jesus ficou no templo e seus pais não se aperceberam.
Assim sucedeu-se porque, na altura, menino de 12 anos, em Judeia, era tratado como adulto. E os pais de Jesus pensavam que Jesus voltaria da festa com outras pessoas e que lhes iria encontrar pelo caminho.
Jesus era cheio de sabedoria e a graça de Deus estava sobre Ele. No templo, estava no meio de doutores, conversando sobre as escrituras sagradas. E os doutores admiravam a inteligência de Jesus, incomum para sua idade.
Jesus – Importante era para Deus fazer as 12 tribos de Israel passar pelo deserto 40 anos.
Um dos doutores – Explica-nos melhor.
Jesus – Ao assim proceder, Deus estava colocar as 12 tribos à prova, através daquela humilhação. Se formos a ler Deuteronômio 8, veremos que Deus queria ver o que estava no coração dos filhos de Jacó. Deus queria saber se o povo que acabava de libertar, depois de receber a herança iria ou não guardar os mandamentos.
Um dos doutores – Uau! Bravo! É o que realmente está escrito.
Enquanto Jesus conversava com os doutores, José e Maria procuravam-lhe, porque não sabiam onde estava. Primeiro, procuraram na cidade de Nazaré, entre familiares e conhecidos.
Maria (ao lado de José, ar preocupado) – Vive o Senhor nosso Deus! Estamos a procura de Jesus.
Eles entraram em várias casas para procurá-lo. Os mais velhos perguntavam às crianças e depois respondiam que não o tinham visto. Até que encontram o menino Lázaro, amigo de Jesus.
Maria – Lázaro! Estamos a procura do seu amigo Jesus. Onde ele está?
Lázaro – Não voltou connosco. Deve ter ficado em Jerusalém.
Maria e José voltaram para Jerusalém. Procuram-lhe até que tiveram a ideia de irem ao templo.
Um dos doutores (enquanto Maria e José entravam) – Por que deixou Deus os nossos pais serem oprimidos 400 anos no Egipto?
Jesus – Deus não deixou. Eram apenas 70 almas descendentes de Jacó que estavam no Egipto, como podeis ver em Êxodo 1:5 e em Deuteronômio 10:22. Deus nunca lhes abandonou. Enquanto os Egípcios os oprimiam, Deus multiplicava o povo, fazendo-lhes como estrelas do céu, segundo prometeu a Abraão.
Era plano de Deus que os descendentes fossem oprimidos, para que depois de se multiplicarem tivessem o desejo de sair do Egipto e assim Deus completar a promessa que fez a Abraão, o de dar terra que emana leite e mel. Sem dor, o povo não teria motivo de clamar por socorro. Por isso assim foi.
Doutores – Uau!
José e Maria (aplaudindo) – Bravo, filho! Bravo!
Maria – Filho! Por que fizeste assim para connosco? O teu pai e eu ansiosos procuramos-te.
Jesus (tom sorridente e carinhoso) – Por que que é que me procurais? Não sabeis que tenho de tratar dos negócios do meu Pai?
José – Pelo que sei, não tenho nenhum negócio neste lugar.
Jesus (olhou para cima e voltou a olhar para os doutores) – Justo é que obedeça aos meus pais. Voltarei noutro dia para continuarmos a nossa conversa. Que o Pai vos guarde.
Após despedir-se dos doutores, o menino Jesus saiu do templo com os seus pais para casa, na cidade de Nazaré.
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